Você sabe o que é o mieloma múltiplo?

O mieloma múltiplo não é um câncer comum; estima-se que ele afeta 7 a cada 100 mil pessoas. E o pior: os sinais desse tipo de câncer são confundidos com outras doenças ósseas, por vezes, reumatológicas como osteoporose ou mesmo envelhecimento. É que ele costuma se manifestar com dores na coluna ou nas costelas, que pioram com o movimento. Além da dor óssea, fraturas, anemia, cansaço, infecções, urina com espuma, perda de apetite e sede exagerada são os principais sintomas.

Segundo uma pesquisa da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), 44% dos pacientes demoraram três meses para procurar um médico depois de apresentarem os primeiros sintomas. Outros 26% deixaram passar um ano.

O mieloma múltiplo é um câncer que surge na medula óssea, responsável por fabricar o sangue no corpo. Ele aparece mais comumente em pessoas acima de 60 anos e afeta as células de defesa do organismo.

Tratamentos

O tratamento para mieloma múltiplo pode incluir:

Tratamentos locais: os tipos de terapia local usados para mieloma múltiplo incluem cirurgia e radioterapia. É mais provável que esses tratamentos sejam úteis para cânceres em estágios iniciais, embora possam também ser usados ​​em algumas outras situações.

Tratamentos sistêmicos: o mieloma múltiplo também pode ser tratado com medicamentos administrados por via oral ou diretamente na corrente sanguínea. As terapias sistêmicas podem atingir as células cancerígenas em qualquer parte do corpo. Vários tipos diferentes de medicamentos podem ser usados, incluindo terapia com medicamentos, transplante de células-tronco, terapia com células T CAR e tratamentos de suporte.

Dependendo do estadiamento da doença, se o paciente é (ou não) candidato a um transplante de células tronco, diferentes tipos de tratamento podem ser combinados simultaneamente ou usados ​​um após o outro.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico do mieloma múltiplo é feito inicialmente através da realização do hemograma, em que são observadas alteração na quantidade e características dos linfócitos.

Para confirmar o diagnóstico, o médico solicita a realização de biópsia da medula óssea, que é feita a partir da coleta de uma amostra da medula proveniente do osso da bacia. Assim, é possível avaliar o funcionamento da medula óssea e as características das células produzidas, sendo então possível concluir o diagnóstico.

Em alguns casos, pode ser também recomendada a realização de alguns exames de imagem, como radiografia, tomografia computadorizada, PET scan e ressonância magnética para avaliar se existe alguma alteração óssea.