Mal de Alzheimer: portadores da doença necessitam de acompanhamento 24 horas

Quem convive ou conviveu com pacientes que têm Mal de Alzheimer sabe que a medida que a doença avança o sofrimento é inevitável, principalmente por parte de quem cuida.

A demência é a forma mais comum do Mal de Alzheimer que atinge mais de 1 milhão de brasileiros. Ela afeta o funcionamento do cérebro de forma lenta e progressiva. Acomete em grande parte dos idosos que começam, geralmente, com perdas de memórias recentes, esquecendo-se de coisas que acabaram de fazer. Com o tempo o paciente passa para a fase moderada até chegar à grave com a intensificação dos sintomas e a incapacidade de realizar as atividades do cotidiano. Quanto mais a doença progride, maior dependência e a necessidade de uma pessoa em tempo integral. Antes de levar à morte a doença compromete todas funções intelectuais como linguagem, atenção, raciocínio lógico, julgamento e planejamento.

Nem sempre os familiares conseguem parar suas vidas para ficarem com o portador de Alzheimer. Além de muita informação para entender o problema é preciso paciência e sempre lembrar que o comportamento do doente é involuntário. Devido à demência ele não sabe o que está fazendo. Muitas vezes apresenta alterações de humor e irritabilidade. Então ter consciência de que os cuidados serão intensos e, muitas vezes, desgastantes facilita e muito no enfrentamento da situação.

Aconselha-se a contratação de um profissional especializado em assistência domiciliar. Esta opção vai amenizar o sofrimento de todos os envolvidos e a certeza de que o tratamento será feito corretamente. O portador de Mal de Alzheimer faz uso de muitos medicamentos que podem ajudar a retardar a doença e é importante que os remédios sejam administrados nas horas prescritas.

As causas ainda são desconhecidas, no entanto, quando o Mal de Alzheimer surge antes dos 65 anos, pode-se dizer que existe uma predisposição genética, mas após os 65 anos o fator de risco é a própria idade, já que as pessoas estão vivendo mais. Após o diagnóstico, a expectativa de vida é em torno de 7 anos. Até hoje, o máximo que uma pessoa conseguiu viver foi 14 anos.