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Os casos de reinfecção por Covid-19 exigem atenção não apenas de profissionais de saúde, mas de toda a população. E não devem ser ignorados. Prova disso é um estudo recente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) que identificou quatro pacientes que apresentaram sintomas mais fortes da doença quando foram contaminados pela segunda vez.
Apesar de nenhum dos pacientes estudados precisar de hospitalização, os sintomas foram mais fortes quando comparados à primeira infecção. Isso alerta para a necessidade de as pessoas que já contraíram a doença continuarem com todos os cuidados de prevenção da Covid-19.
A pesquisa, coordenada pelo Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde da Fiocruz (CDTS/Fiocruz), será publicada na revista Emerging Infectious Disease, do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.
Ainda de acordo com a pesquisa, a reinfecção também não ocorre necessariamente por outra variante do vírus. Foi identificado que pelo menos um dos casos foi provocado pela mesma cepa do primeiro episódio de infecção.
O estudo foi feito a partir do acompanhamento de 30 pessoas entre março e dezembro de 2020 com testagens semanais. Inicialmente, o objeto dos pesquisadores era monitorar a segurança desse grupo no local de trabalho. Porém, ao detectaram possíveis reinfecções, eles decidiram se dedicar à análise desses casos. Além da Fiocruz, o estudo também contou com a participação de pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), do Instituto D’Or de Ensino e Pesquisa (Idor) e da empresa chinesa MGI Tech Co.
Como se comprova uma reinfecção?
O Ministério da Saúde considera caso suspeito a pessoa com dois resultados positivos no exame de RT-PCR, que detecta a presença do vírus no organismo, com intervalo igual ou superior a 90 dias entre as duas infecções.
Como prevenir as reinfecções?
Não tem segredo! É preciso manter todos os cuidados com a pandemia mesmo após se curar da Covid-19. Até porque é bem provável que o indivíduo acometido duas vezes pelo coronavírus, mesmo sem apresentar sintomas, seja capaz de transmitir o vírus. E isso vale para quem tomou as vacinas também. Ou seja, o uso de máscaras, o distanciamento social e a higiene frequente das mãos devem ser mantidos até que a maioria da população esteja vacinada.
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