Aids: 30 anos do Dia Mundial de Luta contra a Doença

Em 1988, a Assembléia Geral da ONU e a Organização Mundial de Saúde instituíram o dia 1º de dezembro como o Dia Mundial de Luta contra a Aids. Cinco anos após a descoberta do vírus causador da doença, o HIV, 65,7 mil pessoas já tinham sido diagnosticadas com o vírus, e 38 mil já tinham falecido por conta da Aids.

Mas o tempo passou e hoje é possível viver com o HIV, mas a Aids ainda é uma realidade. Atualmente, 75% das pessoas no mundo vivem com o vírus e conhecem seu estado sorológico. A meta da ONU é garantir que até 2020 esse número chegue a 90% e, desses, pelo menos 90% dessas pessoas recebam tratamento. E, e entre os que recebem tratamento, 90% tornem-se indetectáveis, ou seja,  estado em que a pessoa não transmite o vírus e consegue manter qualidade de vida sem manifestar os sintomas da Aids.

No Brasil, 92% das pessoas em tratamento já se encontram indetectáveis. Essa conquista se deve ao fortalecimento das ações do Ministério da Saúde, que ampliou a oferta do melhor tratamento disponível para o HIV. O país incorporou o Dolutegravir (DTG) como medicamento de primeira linha para tratar os pacientes. Desde 2017, o Brasil oferece gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) o antirretroviral, considerado um dos mais eficazes para a supressão viral do HIV. Atualmente, 122 mil brasileiros utilizam o DTG em seus esquemas de tratamento.

Os resultados do uso do Dolutegravir (DTG) pelos pacientes brasileiros foram apresentados na Conferência Internacional de Aids, realizada em julho deste ano, em Amsterdã.

Laço vermelho

O laço vermelho é visto como símbolo de solidariedade e de comprometimento na luta contra a Aids. O projeto foi criado em 1991 pela Visual AIDS de New York, que queria fazer uma homenagem aos amigos com a doença. A cor vermelha remete ao sangue e à paixão.