Entenda das diferenças entre Doença de Crohon e Colite

As doenças inflamatórias intestinais atingem cerca de 160 mil brasileiros, sendo que 59% possuem retocolite ulcerativa e 41% possuem doença de Crohn. Ambas causam inflamações no trato digestivo e provocam sinais e sintomas semelhantes, que envolvem diarreia constante, podendo estar acompanhada de sangue, e dores abdominais. No entanto, cada doença tem características próprias.

Doença de Crohn

A doença de Crohn é uma inflamação intestinal que pode afetar todo o trato digestivo. Assim, as inflamações podem acometer os tecidos desde a boca até o ânus, entretanto, é mais comum que ela se manifeste especificamente no intestino.

Colite

A retocolite ulcerativa (RCU) ou colite é uma doença inflamatória intestinal crônica não contagiosa, em que há inflamação e ulcerações no intestino grosso (cólon) e no reto em sua camada mais superficial, a mucosa. Esse processo provoca sintomas como diarreia, hemorragia, cólicas e febre.

Diferenças

A principal diferença entre a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa é o local onde as inflamações se manifestam. Na doença de Crohn, todo o trato gastrointestinal pode ser afetado, enquanto na retocolite ulcerativa as inflamações se limitam ao intestino.

Outra diferença está no modo como essas inflamações afetam os tecidos. Na doença de Crohn todas as camadas teciduais ficam inflamadas, ou seja, a profundidade da lesão é maior. Na retocolite ulcerativa, ela se mantém na porção superficial da parede do intestino.

Também existe uma diferença no que se refere à idade em que esses problemas se manifestam. A doença de Crohn é percebida com mais recorrência em pessoas jovens, geralmente antes de 30 anos. A retocolite, por sua vez, é mais comum após os 30 anos, sendo os casos ainda mais frequentes em pacientes que já atingiram 50 ou 60 anos.

Apesar de todas essas diferenças, a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa são dois problemas crônicos que exigem acompanhamento e tratamento médico. Afinal, podem afetar de forma significativa a qualidade de vida do paciente.

Embora ainda não tenham uma cura efetiva, podem ser controladas minimizando sintomas e danos, a fim de possibilitar uma convivência mais tranquila com essas inflamações.