A volta do sarampo

O Estado de São Paulo passa por um surto de sarampo. De janeiro a julho desse ano foram registrados 484 casos da doença, de acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde.

Para tentar conter o avanço do vírus, os órgãos de saúde se mobilizam para reforçar a campanha de vacinação, especialmente entre os jovens entre 15 e 29 anos. Por esse motivo, a campanha se estendeu para mais 14 cidades além da capital e segue até o dia 16 de agosto. 

Por determinação do Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo, crianças a partir dos seis meses devem tomar a dose da vacina e ao completar 12 e 15 meses retornar a UBS para o reforço da imunização.

Nesse período, a vacinação está sendo oferecida em UBSs e postos volantes em estações do Metrô, CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo). 

Doença

O sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, grave, transmitida pela fala, tosse e espirro, e extremamente contagiosa. Seus principais são: febre alta, tosse, conjuntivite e manchas vermelhas no corpo. O agravamento da doença pode levar à morte de crianças e adultos. As complicações do sarampo podem deixar sequelas, tais como: diminuição da capacidade mental, cegueira, surdez e retardo do crescimento.  

Segundo o Ministério da Saúde, não existe tratamento específico para o sarampo.  A vacina é a única maneira de se prevenir contra a doença. É recomendável a administração da vitamina A em crianças acometidas pela doença, a fim de reduzir a ocorrência de casos graves e fatais. O tratamento profilático com antibiótico é contraindicado.

A vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, está disponível pelo SUS durante todo o ano também para outras faixas etárias – desde crianças a partir de um ano até adultos de 49 anos.

Notificação dos casos

O sarampo é uma doença de notificação obrigatória e imediata. Em todos os casos suspeitos identificados, a vigilância epidemiológica desencadeia ações de bloqueio vacinal para interromper a transmissão da doença. As ações são realizadas em todos os locais frequentados pela pessoa com suspeita de ter contraído a doença como a vizinhança da residência, locais de trabalho, estudo, a unidade de saúde e os meios de transporte utilizados em viagens no período de transmissão.