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A doença celíaca é uma inflamação na mucosa do intestino decorrente da exposição a alimentos contendo glúten. Esse processo inflamatório, que ocorre na parede interna do intestino delgado, leva à atrofia das vilosidades intestinais, gerando diminuição da absorção dos nutrientes. Embora haja muita confusão, a doença celíaca e a intolerância ao glúten são coisas distintas.
Em média, uma a cada 133 pessoas possuem doença celíaca. Os sintomas mais frequentes de quem sofre com esta patologia são: diarreia crônica, desnutrição e baixa velocidade de crescimento em crianças. Outros sintomas, que são secundários a estes, incluem sangramento intestinal, anemia, fadiga, cãibras, dor abdominal, aftas e enfraquecimento dos ossos, entre outros.
Como a doença celíaca pode se manifestar de formas muito diversas, é preciso ter atenção redobrada para seu diagnóstico. Após a suspeita clínica, é necessário seguir cuidadosamente as etapas para definição correta do resultado. A retirada precoce do glúten, antes da conclusão do estudo, complica a definição exata do diagnóstico e pode condenar um indivíduo a uma dieta de restrição indevidamente.
Para confirmar o diagnóstico, usualmente são necessárias três etapas: suspeita clínica, teste sorológico positivo e biópsia intestinal. O teste sorológico indicado de rotina para o rastreio da doença é o anticorpo antitransglutaminase. Quanto maior o nível sérico do anticorpo, maior a chance do indivíduo ser de fato celíaco, e vice-versa. Vale lembrar que a presença do anticorpo não define se o indivíduo é doente. Após a positividade do teste, deverá ser realizada a biópsia por endoscopia.
Somente depois da biópsia e a confirmação dos achados histopatológicos é que o glúten deverá ser retirado da dieta. No paciente com doença confirmada, a retirada do glúten deve ser total, uma vez que mínimas quantidades de glúten podem ativar a resposta imune, mantendo a inflamação e trazendo consequências. A retirada do glúten deve ser acompanhada por nutricionista que, num atendimento home care, pode orientar a introdução de alimentos seguros, de forma a manter a alimentação equilibrada e causar menos impacto nutricional e emocional na vida do celíaco e de sua família.
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