Entenda a hemodiafiltração

Atualmente, a técnica mais conhecida para filtrar o sangue de pessoas com doença renal crônica é a hemodiálise. Porém, outro método mais moderno, nascido no início dos anos 2000, promete ser mais eficaz e trazer uma maior qualidade de vida: hemodiafiltração de alto volume.

A diferença da Hemodialfiltração para o tratamento de hemodiálise está na remoção das toxinas existentes no organismo do paciente em maior quantidade, devido a maior dimensão do dialisador (filtro) e da pressão exercida durante todo o processo de retirada das moléculas impuras do sangue. O procedimento é mais eficiente, pois exerce uma pressão maior para “arrastar” essas substâncias tóxicas e o excesso de água para fora do sangue.

Por isso o paciente possui uma qualidade de vida melhor, já que, desse modo, a alimentação, por exemplo, pode ser menos restritiva e os riscos tornam-se bastante minimizados.

Indicação

Pacientes com risco cardiovascular elevado;

Carência nutricional severa;

Alterações hemodinâmicas;

Hiperfosfatemia severa;

Resistência ao uso de estimulantes da eritropoiese e

Complicações tardias da hemodiálise.

Benefícios

Terapias hemodialíticas, em geral, apresentam alguns riscos cardiovasculares como possibilidades de infarto, arritmia cardíaca e queda acentuada de pressão. Porém, um estudo publicado no no Jornal da Sociedade Americana de Nefrologia mostrou que a hemodiafiltração está associada a um menor risco de morte.

Os cientistas acompanharam, por três anos, 906 portadores da doença renal crônica. Entre eles, 450 faziam hemodiálise e 456, hemodiafiltração. No fim da análise, os pesquisadores constataram uma redução de 30% no risco de mortalidade por qualquer causa. Além disso, a possibilidade de falecer por uma infecção caiu 55% e, por acidente vascular cerebral (AVC), 61%.

Assim como na hemodiálise, o tratamento pode ser feito de três a seis vezes por semana, conforme a necessidade.